sexta-feira, 17 de outubro de 2008

A pergunta fundamental


Os modernos recursos das telecomunicações, unidos à eficiência dos atuais meios de transporte aéreo e marítmo, sem dúvida alguma acabaram dando ao mundo certa forma de unidade imediata. Um terremoto no interior da China ecoa, em forma de notícia, em todos os jornais do planeta poucos minutos após terem cessado os trágicos abalos. O tsunami financeiro nasce em Nova York e logo sua onda catastrófica atinge as praias mais distantes da economia mundial.

Hoje é possível estar-se informado praticamente sobre tudo o que ocorre no mundo. Bem, e daí? Neste momento, vale a pena lembrar um antigo artigo, publicado na revista Seleções em dezembro de 1982, de autoria de Daniel J. Boorstin, intitulado: “O homem atualizado não sabe de nada”. O título já corresponde a uma advertência, a de que não devemos confundir “informação” e “conhecimento”.

De fato, bombardeados, sufocados por uma pletora de informações, muitos de nós não paramos para refletir. Refletir, por exemplo, sobre a contagem dos séculos. Qual é para mim o significado dessa referência cronológica? Qual é para a maioria das pessoas do Ocidente esse mesmo significado? O que ele representa em nossa vida quotidiana, desde o instante em que o despertador toca, até o momento em que deixamos o trabalho, para enfrentar o barulhento e poluído regresso para casa?

Creio que exista um silencioso e permanente desafio para nós ocidentais, o de responder a esta fundamental pergunta:
- o que representa para mim a pessoa desse homem chamado Jesus Cristo?

Trata-se de um real desafio porque existe em cada um de nós algo misterioso que é a nossa liberdade de agir, de tomar decisões. Se negarmos a sua existência, a sua realidade, não poderemos mais fazer a menor crítica ao mais corrupto de nossos políticos. Se a fizermos, seremos apenas incoerentes moralistas.

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