Faz algum tempo editei um post intitulado "Duas dramáticas perguntas", referindo-me a duas passagens do Novo Testamento.Em cada uma delas, um homem interroga o Cristo, expondo-lhe não uma simples curiosidade, mas uma questão vital, cujo esclarecimento pode significar completa mudança de comportamento daquele que perguntou.
A primeira das perguntas por mim citadas foi feita por São Judas Tadeu, e creio que ficou praticamente sem resposta. Trata-se do mistério da vocação, palavra que vem do verbo latino "vocare" = chamar (em voz alta), mandar vir. Por que fui chamado?
Podemos listar,minuciosamente,todas as circunstâncias que certo dia nos levaram a aceitar o chamado feito por Jesus Cristo.Essa listagem, por mais minuciosa que seja, nunca eliminará o mistério do fato.
Pois é, acaba de partir de nosso convívio um velho monge beneditino. Um homem dotado de inteligência brilhante, capaz de fazer rápidas e precisas análises dos velozes acontecimentos do cotidiano.Um homem formado em engenharia, invulgar conhecedor da matemática e de outros ramos da ciência.Dotado de sensibilidade para as artes, em especial a música erudita, e para a literatura, sabia também expor, com tranqüilidade, sábias reflexões sobre temas filosóficos e teológicos.
Dom Ireneu Penna foi alguém chamado em plena juventude para a total dedicação ao Cristo. Que Deus lhe conceda agora o prêmio pelo testemunho autêntico que deu, durante longos anos, para todos nós que o conhecemos.
Um comentário:
Prezado Professor,
Essa pergunta talvez seja mesmo uma das mais dramáticas, conforme o senhor mesmo disse no outro post. Justamente por isso, o problema da vocação deveria ser tratado com menos leviandade, mesmo por pessoas às vezes bem intencionadas (fato que não impede ninguém de estar equivocado). Um cordial abraço,
Manuel Ferreira
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