sábado, 4 de outubro de 2008

O essencial "problema"


Em geral, a palavra problema tanto pode evocar um desafio emocionante quanto um motivo para aborrecimento. Ora, neste momento o termo para mim soa com um timbre bem fora da rotina, essencialmente fora da rotina.

É com esse timbre que pergunto a um possível leitor:
Qual deve ser o problema fundamental da existência humana?
Talvez a pergunta melhor deva ser esta:
Qual deve ser a atitude essencial na existência humana?
O problema de fato está em como manter essa atitude.

Lendo a história da vida de Beethoven ficamos sensibilizados com as inúmeras atribulações que ele enfrentou em sua existência, em especial a mais dolorosa para um músico, a surdez. Ora, quando decidiu compor sua última sinfonia, a Nona, em que seriam musicados, no coral com que ela termina, os vibrantes versos da ode “An die Freude” , de Schiller, o genial compositor registrou para sempre a transcendental importância da Alegria.

Voltando agora à palavra incômoda. Acho que o “problema” surge quando procuramos nos alegrar. Se isso for feito pelo caminho das diversões, e não por via do lazer (conforme ele é descrito por Mortimer Jerome Adler e outros pensadores sensatos), corremos sempre o risco chegar ao tédio. É preciso não deixar a inteligência contemplativa ausente dessa procura. Bem, pelo menos é assim que vejo esse tema.

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