Diariamente observamos a enorme quantidade de pessoas que de manhã bem cedo vão para o seu trabalho e no final da tarde retornam a suas casas. Sem dúvida alguma, creio eu, a maioria desses homens e dessas mulheres é constituída por gente honesta. Entretanto, pergunto a mim mesmo: quantas dessas pessoas realmente amam seus fazeres ?
No ano passado foi editado no Brasil o livro "A Formação da Cristandade", tradução de uma obra do respeitado historiador inglês Christopher Dawson. No capítulo 15 desse livro (página 331), referindo-se ao trabalho na Idade Média, o autor escreve estas palavras : o verdadeiro fim do trabalho não era o fim pecuniário, mas o serviço ao próximo. Trabalhar somente por lucro era tornar o trabalho honesto em usurário, e todas as ocupações que buscavam o lucro excessivo, ou que o lucro não correspondia ao dispêndio de trabalho, eram olhadas com desaprovação. A vida medieval e a literatura estão repletas desse ideal de trabalho desinteressado.
Pois é, construímos um enorme progresso em ciência e em tecnologia, demos à sociedade muito conforto e farta diversão, porém nos esquecemos de essenciais valores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário