Se prestarmos freqüente atenção ao que sucede nas modernas relações humanas de caráter utilitário, ocorram elas no setor do comércio (lojas, restaurantes etc.) ou na área da prestação de serviços (ligados a profissões de vários níveis de escolaridade) , perceberemos um fato criticado com veemência pelo escritor americano Richard M. Weaver em seu clássico livro: IDEAS HAVE CONSEQUENCES. Referimo-nos à lamentável atitude do homem moderno diante do trabalho, ao considerar essa atividade apenas um meio de subsistência. Weaver no livro citado nos lembra que era outra, bem diferente, a atitude do homem medieval.
Isso nos faz lembrar, mais uma vez, o fato de tantas pessoas que, apesar de possuirem ótimo nível de escolaridade, persistem no colossal equívoco de chamar o Medievo de Idade das Trevas. Que o leitor me perdoe pelo desabafo, porém tenho que dizê-lo. Muitas vezes, diante de tanta pequenez no que se refere ao modo como se excuta um trabalho, me pergunto: não seria a nossa a época das trevas?
Não somos ingênuos a ponto de negar a existência de pessoas ambiciosas na Idade Média. Entretanto, eles, os medievais, sabiam perfeitamente que a ambição é um terrível pecado e, como tal, precisa ser evitada